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Portugueses têm menos filhos do que desejam

É triste mas é real. Diz o Diário de Notícias que "em média as pessoas tem 1,03 filhos, pensam vir a ter no máximo 1,77, mas desejariam ter 2,31."

Esta instabilidade é uma tormenta. Já não existem empregos para a vida. Já não existem salários certos. Já não podemos fazer planos a médio e longo prazo, temos de nos limitar a viver dia-após-dia.

Gostava de começar a pensar em ter filhos. Gostava de ter uma menina. Uma menina vaidosa e resmungona, parecida comigo, mas que fosse a menina-do-papá.

No entanto, que raio de planos posso eu fazer? Como posso querer ter um filho se não sei como vai ser o dia de amanhã? É triste. Ninguém merece viver nesta incerteza.

Comentários

  1. Concordo totalmente contigo, hoje é tudo uma incerteza, somos três irmãos e hoje em dia raramente se vê disso, e é tão bom sermos muitos.
    Pois eu também gostava de ter mais que um filho ou melhor filha, as meninas enchem-me os olhos:)

    Beijinhos

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  2. Como diria uma amiga minha, Portugal não é para portugueses! É um país que destrói sonhos, que nem para viver razoavelmente dá. As pessoas estão a começar a sobreviver, isso sim! Depois ficam admirados com a baixa taxa de natalidade. Se não há trabalho, como é que se sustenta uma criança? Com os apoios do Estado? Ahahahah.
    Tenho uma amiga que vai emigar para o ano, na altura terá uma filha de meses nos braços. Custa tanto...

    Bj*

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  3. Eu gostaria imenso de ter pelo menos 3 filhos :)

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  4. concordo contigo. Quero ter pelo menos dois filhos. Sou filha unica e seu a tristeza que e!

    http://fromportugaltonyc.blogspot.com/

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  5. A vida de todos nòs agora è de navegaçao à vista, è triste mas è uma realidade.

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  6. Os tempos são difíceis mas outros o foram também...não podemos deixar que isso anule áreas da nossa vida que nos são essenciais!
    Beijinhos amiga
    Maria

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  7. Se estás à espera de saber o dia de amanhã, então nunca terás filhos. É certo que vivemos um período extremamente difícil, com muitas incertezas e receios mas se queres muito ter um filho então avança. A não ser que vivas num patamar de dificuldades várias, com certeza terás oportunidade de vir a ser mãe (quiçá de uma menina vaidosa :-)). Temos que nos mentalizar que o mais certo é os próximos anos serem assim e vamos deixar de cumprir esse sonho? Eu sou da opinião que se quer muito um filho (e tirando as tais situações mesmo difíceis) é uma questão de ajustar prioridades, deixar de "estragar" os filhos com tudo e mais alguma coisa. O meu exemplo: tenho uma filhota com 2 anos e a pensar noutro(a). Se temos uma situação confortável? Marido a recibos verdes, eu empregada numa microempresa, mas tal como cortamos em muita coisa quando a nossa filha nasceu, sabemos que é possível continuar a fazê-lo. Muito raramente há roupas para nós, jantares fora, fins de semana, etc. Agora vamos mudar-nos mesmo para perto do local de trabalho para que um carro pare. Só não cortamos em tudo o que diz respeito à saúde e bem estar da minha filha.
    Agora, há muita gente que quer filhos mas também não quer abdicar do resto... prioridades.

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  8. É verdade mas também é verdade que nunca ninguém, em tempo algum sabe o dia de a amanhã. Se calhar aquilo que hoje consideramos "o mínimo" nada tem a ver com aquilo que os nossos pais precisavam. Não desvalorizando a situação do país, do emprego entre os jovens, entre outros, atenção! Mas é uma mistura dos dois factores: situação social e financeira complicada e níveis de exigência elevados.

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  9. Eu queria ter 3. Tenho um. Desejo vir a ter outro (a ideia dos 3 já se foi) mas mesmo para ter o segundo... não sei se terei se ficar em Portugal. Não é só fazê-los, é alimentá-los, educá-los, dar-lhe oportunidades, permitir-lhes sentirem-se estáveis, ter tempo para eles...

    Cada vez mais penso em emigrar. A minha área está esgotada em Portugal, infelizmente meti-me numa área que tem muito mais exigências que beneficios e se sabia o que sei hoje teria emigrado quando comecei a estudar. Mas agora meter todo o investimento fora? Não me parece. Por outro lado, conheço várias pessoas que estão muito bem colocadas. Lá fora. E com isso vou sonhando. Se emigrar terei mais um filho mas uma coisa é certa, se emigrar jamais voltarei para Portugal.

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  10. Antigamente a minha avó dizia "tudo se cria" mas hoje em dia eles precisam de tanta coisa e as exigências das escolas são tantas, que uma pessoa até se arrepia...

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    1. Antigamente a taxa de mortalidade infantil era elevadíssima. Muitas crianças não chegavam à idade adulta. Essa expressão na realidade não é bem assim...

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  11. é verdade... eu adorava ter 3 filhos, mas fiquei pela primeira... infelizmente.

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  12. Queixam-se das estatísticas da natalidade, no entanto os incentivos que existem são pouco mais que zero. O trabalho precário fez-nos recuar e estar constantemente á espera de dias melhores. Mas neste caso acho que posso dar um conselho. Trabalho a recibo verde há muito tempo, estive sempre á espera que as coisas mudassem, estabilizassem, o tempo passa e parece que cada dia está pior. Adiei o projecto maternidade, mas agora chega não o vou adiar mais, não o posso adiar mais e se me arrependo de alguma coisa na vida é de o ter feito. Não adiem nem desistam por causa da conjuntura ou do emprego, eles não valem tudo isso e no fim do dia é a NOSSA família que nos completa, o resto há de se compor.

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  13. Eu não tenho filhos, mas não é por causa do Estado.
    De qualquer modo há muita gente que teve filhos por mim... Eu fiz voluntariado num certo hospital e só te digo: pobres crianças com aqueles pais! [ou melhor... com aquelas mães... porque muitas nem sabiam quem era o pai da criança!]

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  14. A vida está muito difícil para quem não tem filhos, quanto mais para quem os tem!

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  15. É tão mau. Eu nem nisso me atrevia a pensar, nem sequer sei como me lançar à vida nesta altura :/

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  16. Como eu te compreendo S* e tudo porque os portugueses têm menos dinheiro. Não é por falta de amor nem vontade é mesmo porque não podem suportar mais custos :( E é esta a triste realidade e a minha geração possivelmente terá apenas um filho :/

    http://blogmacaecanela.blogspot.pt/

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  17. infelizmente, os portugueses, hoje, e daqui para a frente, vão ter sempre menos, em relação a tudo o que desejariam, e a natalidade é um factor crucial para o desenvolvimento de um país. assim não o entendem os responsáveis.

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  18. Enquanto estive na Colômbia fez-me pensar neste assunto pois reparei que a maioria dos têm 2 ou mais filhos, sendo que as condições laborais são piores que em Portugal, o salário mínimo é metade do valor de Portugal. As pessoas começam a trabalhar aos 16 e mesmo quando vão para a faculdade, estudam e trabalham. Posso estar errada mas acho que a questão dos filhos é mais cultural, do que financeiro. Pois em Portugal estuda-se, espera-se pelo bom emprego e só depois se pensa em filhos. A "vida adulta" começa mais tarde, logo isso também afecta a maternidade.

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    1. Também concordo. Estamos bem habituados e não queremos abdicar de alguns pequenos luxos.

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  19. é triste... :/ não podermos fazer planos para o amanha

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  20. Mas querida, a vida sempre foi assim imprevisível (quer dizer para mim)... os meus dias já tiveram de tudo altos e baixos e é com isso que temos de aprender a viver :( não é fácil, não... mas nós nunca sabemos o que o futuro nos reserva. Beijinho x

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  21. Pensa que há quem nem possa pensar em ter filhos biologicamente e como essa certeza pode derrotar a felicidade de muitos casais. Pelo menos tens o direito de escolha. :-)

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    1. Bem sei que o comentário não me é dirigido, mas é publicado e passível de ser comentado.

      Detesto esta forma de pensar! Esta pequenez é irritante. Upa upa que ao menos tens útero! Há quem o já não tenha!

      Bolas! Há SEMPRE pior do que nós, mas por que raio que devemos usar às realidades de quem está pior como parâmetro, ao invés das realidades dos que estão bem melhor?

      Há quem tenha 10 filhos e todos estudem em bons colégios.

      E quando não há, de todo, dinheiro para sustentar um filho, poderemos mesmo falar de escolha? Não me parece.

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    2. O termo de comparacao realmente nao e' uma boa desculpa, no entanto quando se trata de comparer os nossos problemas com os dos outros acho que sim, que o devemos fazer quanto mais nao seja para nos sentirmos melhor connosco mesmo.

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    3. Para a Mel: mas não é assim que pensa a maioria dos portugueses? Os portugueses têm uma mentalidade pequenina, infelizmente! Em lugar de lutarem por melhores condições, satisfazem-se por haver alguém em pior situação. Claro que é uma tristeza não poder ter filhos por uma questão de saúde mas não os poder ter por não nos dão condições para tal, é injusto e quase imoral pois não é uma impossibilidade física, que nos ultrapassa, mas quase uma "imposição". Se quem os consegue gerar não o faz por dificuldades económicas e quem tem essas possibilidades económicas, por vezes, não os consegue gerar,o que sobra? Vamos desaparecer enquanto país?

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  22. Ter um filho hoje, tem que ser uma coisa pensada com régua e esquadro.

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  23. "Empregos para a vida "até podia ser um erro, pois muitas vezes levavam ao comodismo. Agora, o que falta são "Carreiras para a vida". Poder-se traçar um plano, definir objectivos, escolher caminhos. Ter um filho nesta altura é um risco, se se quiser cria-lo como deve de ser. E da maneira que isto anda, não me parece que Portugal seja o melhor sitio para os ver crescer...

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  24. Tenho uma menina com 4 meses. Ainda não voltei ao trabalho mas já sei que a minha substituta ficou com o meu posto e que ganha mesmo que eu que trabalho lá há 5 anos e nunca faltei. Eu? Eu vou fazer aquilo que ninguém quer porque isso é a paga pela minha lealdade. Gostava de ter outro filho mas se calhar ainda era despedida! E não tive direito a abono nem subsídio pre Natal (eu e o meu marido não ganhamos muito mais que o salário mínimo). Não podemos deduzir quase nada no irs e é tudo caríssimo. É a consciência de que num futuro próximo compras para nós e pequenos luxos como jantar fora estão longe da nossa realidade. Mas vale a pena!

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  25. isto está cada vez pior, eu gostava muito de ter filhos mas com o país assim nem posso pensar em os ter e quando os tiver é para daqui a alguns anos....

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  26. Também adorava ter filhos e aos 30 já me sinto emocionalmente preparada. Agora parece-me uma ideia casa vez mais distante tal é a precariedade no trabalho e que se alastra para a vida em geral.

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  27. Eu já pensei em fazer uma vasectomia só para nem correr tal risco... juro.

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  28. é preciso ter fé, vais ver que vais ter a tua menina mimada e linda! acredito que a trampa desta crise há-de ter um fim:)

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  29. Quando penso ter filhos fico desempregada... portanto conheço bem essa realidade escabrosa -_-

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  30. Eu fiz a opção de ter uma, e fico agora a pensar como vai ser quando ela resolver ter os filhos dela. Outros tempos. Difícil.

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  31. Que tormento viver com essa incerteza, sobretudo quando são milhares de pessoas a viver o mesmo.

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  32. Como te compreendo ,mas nunca desistas dos teus sonhos ;)
    A minha menina foi um sonho tornado realidade ,eu só tenho uma porque não condições para ter outro bebe ,este país não dá garantias de nada .
    bj
    Lulu

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  33. Como te compreendo! Eu adorava ter 3 filhos, mas nem 1 agora posso ter :S
    Tenho emprego, felizmente, mas não sei o que seria de mim neste emprego com um filho. Ainda estou a pagar o meu carro, praticamente nada nos sobra ao fim do mês. É uma insegurança e uma incerteza :S

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  34. Ninguém quer trazer um filho ao mundo sem saber se lhe pode dar as melhores condições de vida; já não há a mentalidade do "cá se criam de uma maneira ou outra".

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  35. Os meus planos era ter um filho no proximo ano!! Sempre pensei que seria mt dificil engravidar pelos exemplos que via à minha volta, por isso dei um prazo de 6 meses sem pensar no assunto! O que é certo que no primeiro mes fiquei gravida! Agora estou gravida de 4 meses e meio!

    Mas ja passei dos 30 anos e vou ter o 1º filho!!!
    Pensei mt em ter este filho/filha, não que n quissesse nas porque a realidade laboram em Portugal não é para se ter filhos!

    A directora de recursoso humanos inclusivé ja disse que não eram tempos para se engravidar e que a empresa ia ter muitos custos porque vão ter que contratar uma pessoa para me substituir!

    Perante a mentalidade desta MULHER, que representa a mentalidade em Portugal, o que é que se pode fazer?

    Eu não vou esperar ate aos 40 anos para ter o 1º filho!!! Não critico que o faça,mas desde que seja por opção e não por obrigação!

    E tenho noção que sou uma felizarda, já somos ambos efectivos (eu tive mts naos a recibos verdes) nos nossos postos de trabalho, temos ordenados medios que dá para ter uma criança à vontade porque não temos gds luxos! Mas a mentalidade portuguesa tem que mudar em relação a este assunto, as pessoas em geral e as empresas em particular!!!

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  36. Se formos a pensar na crise não damos passos nenhuns na vida... Temos de arriscar...
    Eu arrisquei. A minha menina tem 18 meses, neste tempo fiz algumas reservas à minha vida (compras, jantares, saidas, luxos) mas tudo vale a pena por um filho! Resta é saber se muitas pessoas estão dispostas a abdicar dos seus luxos individuais em prol de um filho!

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  37. Feliz ou infelizmente, não faz parte dos meus planos ser mãe!

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  38. Não sabia que já pensavas em crianças... :)

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  39. Não acho que tenha a ver com o abdicar dos luxos para se ter um filho cm a panoplia dos sonhos disse. Se um dia não houver emprego nem dinheiro vai-se dar de comer o que à criança? Hoje em dia não se pode ter filhos porque se quer; é preciso ponderar muito bem porque uma criança exige muitos gastos e atenção (muita gente não tem tempo ou então não está para aturar os filhos).

    http://dailylifebysophia.blogspot.pt/

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  40. Se a pessoa for esperar a situação melhorar p/ procriar...ai, ai, ai!!!...

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