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Facto

Eu sou daquelas que acha que não se pode brincar com tudo. A partir do momento em que podemos magoar outras pessoas, perdemos o direito a brincar com esse assunto. O respeitinho é bonito.

Comentários

  1. concordo.

    eu que até sou bastante apreciadora de humor negro acho que há uma elegância que deve ser preservada.

    ainda há poucos dias me senti bastante incomodada quando o Raminhos fez uma piada de extremo mau gosto envolvendo o nome do Rui Pedro, o miúdo desaparecido. A primeira coisa que me veio ao pensamento foi 'ele que faça um acordo com o diabo para nunca ter que passar o que aquela mãe tem passado'.

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  2. Faço tuas, as minhas palavras. Chega uma altura em que já nem dá para fingir que se está a achar graça...

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  3. O respeitinho é bonito e agradece-se!
    É assim mesmo!

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  4. lá está, a minha liberdade acaba onde começa a liberdade do outro ;)

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  5. Claro que não se pode dizer tudo! Lá por sermos meros seres atrás de uma identidade que ninguém conhece não nos dá o direito de dizer tudo muito menos quando é ofensivo!

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  6. Pois é, mas até na blogosfera há gente que tem a mania que é dona do mundo...Ás vezes é melhor nem ler, depois ficamos desiludidas.
    Concordo contigo.
    Beijinhos

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  7. Oh Cláudia, ainda bem que não vi essa cena. Que raio de tema. :(

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  8. Não leves a mal eu discordar tão veementemente, mas isso não faz sentido nenhum. Fazer humor passa precisamente por brincar/gozar/ridicularizar alguém (só varia mesmo o nível). Tirando os ataques de riso à parva ou por ordem nervosa, não te consegues rir de algo de outra forma.

    Portanto, pela tua ordem de ideias, era impossível fazer humor, já que há sempre possibilidade do alvo das piadas ficar magoado.

    Se tu te espetares contra um poste no meio da rua, eu vou-me escangalhar a rir. A minha primeira reacção não vai ser ficar preocupado com as dores que tens no teu nariz, que tu até podes sentir. Se ficares chateada, provavelmente ainda sentirei maior compulsão para me rir.

    O humor deve ser feito em funcção do receptor, e não do alvo da piada. É possível fazer piadas inteligentes (e não tão inteligentes, claro) sobre orientação sexual, doenças graves, catástrofes, etc. Uma coisa é ter um discurso humorístico acerca de cancro com alguém que aprecia humor negro. É válido. Outra coisa é fazer uma piada sobre cancro acerca de e à frente de um doente em fase terminal (e mesmo assim ficaríamos espantados com o número de pessoas que seriam capazes, mesmo nos momentos mais negros, de conseguir rir).

    Eu não vou fazer piadas de ciganos à frente de ciganos. Mas há pessoas que gostam de piadas de ciganos. Fá-las-ei à frente desses. Ao fazer piadas sobre ciganos, não significa que depois, na vida real, eu não tenha respeito por ciganos e os trate abaixo de cão. Não acontece nada de mal a ninguém no Alentejo se ao jantar gozares com o sotaque alentejano à frente do teu namorado.

    Não é preciso haver um limite para o humor no que toca ao assunto. É apenas preciso inteligência para o dissecar e sentido de oportunidade.

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  9. Ora tenho que concordar contigo! É isso mesmo.

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  10. Pedro M., lol, só tu. Respeito.

    Eu cá sou das que perguntava se estavas magoado primeiro e me ria a seguir. :P

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  11. Pois, o problema é que, na grande maioria das vezes, quando estamos a brincar com um assunto estamos a magoar alguém. Posso achar que fazer uma piada com alguém que use botas brancas não é tão mau como, sei lá, gozar de um surdo mas, tendo apenas em atenção a dor que provocamos no outro, se calhar até é.

    A questão vai um pouco mais além do simples "não brinco porque magoa". Eu penso que vais mais ao facto de existirem ou não temas sensíveis/tabu (como, no caso do blogue da Pólo, os tetraplégicos) mas ao fazermos isso já os estamos a tratar de maneira diferente, o que é uma forma de descriminação.

    Até porque eu já trabalhei em associações em que estes eram os primeiros a fazerem piadas hilariantes sobre as suas condições.

    É complicado.

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  12. Concordo, gosto muito de brincar mas acho que tudo tem o seu limite, e magoar outras pessoas é um deles!

    Andrea

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  13. Jay, eu também gozo comigo por causa de uma ou outra coisa.

    Há uma diferença: as botas brancas tiram-se, não são a pessoa. Ser deficiente não é opção, por isso não me parece ser digno de gozo - mesmo que eles brinquem consigo.

    Sabes, a minha mãe sempre me disse uma coisa: só eu tenho direito a dizer mal da minha família. Quando são os outros a fazê-lo, levo a mal. ;)

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  14. Concordo. Podemos brincar, mas temos sempre que saber até onde devemos ou podemos ir.

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  15. A arte de ter graça, depende sempre da capacidade de nos rirmos de nós próprios. Gosto das tuas pequenas coisas.

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  16. nós seremos sempre nós. E todas os membros reclamam um dos outros, os outros, já estou como tu, que se metam na vidinha deles que ninguém lhes encomendou o sermão

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  17. agora fizeste-em lembrar o meu irmão mais velho ele diz precisamente o que a tua mae diz: eu poso dizer mal da minhas irmas mas nao admito que outros o façam.

    penso saber a que te referes, acho de mau tom, nas há pessoas que brincam com as deficiencia sem se aperceberem que hoje estão perfeitos e amanha vem um acidente e tungas ficam tetraplégicos
    kis :=(

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  18. Ummmmm, pois a verdade é que acho que tens razão e acho que não tens razão. Isto é, depende sempre do momento, da pessoa, da audiência, do motivo, etc. Hoje em dia quem é que se importa de contar piadas sobre o Hitler e os judeus? Só os judeus! No entanto, morreram milhões de judeus e foram torturados outros tantos. Ninguém quer piadas sobre o Rui Pedro, pois claro que não, mas contam sem problemas a piada do menino que vai para o bosque com o pedófilo. Tem a ver com nomes? Se a piada do Rui Pedro não contivesse o nome dele e se referisse apenas a meninos desaparecidos seria mais ou menos ou igualmente ofensiva? Continuo a afirmar, acho que tem a ver com o momento e a audiência. De resto? O mundo é uma comédia.

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  19. Há que haver respeito, é que há temas sensíveis com os quais não se pode brincar/gozar.

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  20. Juanna, sim, concordo totalmente contigo. Existem diferentes sensibilidades, de diferentes pessoas, em diferentes momentos, sobre diferentes temas.

    Não conheço a piada do pedófilo e do bosque, mas regra geral não me consigo rir com esses temas. Então se for com o Rui Pedro, cujo rosto todos conhecemos, aí sim me faria muita confusão.

    Tudo depende da sensibilidade de cada um... eu prefiro evitar magoar os outros.

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  21. Assino por baixo!
    Acho que tudo tem o seu limite!

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  22. O meu irmão gozava com ele mesmo enquanto a horrível doença que tinha o ia matando lentamente. No início achei estranho mas depois aprendi a rir-me com ele, até ao último dia da vida dele. Foi bom rir com, em vez de chorar ao lado de. (atenção, este é o meu caso, não estou a dizer que as pessoas devam fazer assim)
    :)

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  23. Desta vez não concordo contigo, concordo com a opinião aqui deixada pelo Pedro M.

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  24. Concordo, há formas de dizer as coisas, às vezes a abordagem directa não é a melhor coisa a fazer.

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  25. Concordo plenamente.
    Beijinhos grandes.

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  26. acho que o "respeito" não se vê por este tipo de piadas mas muito mais pelas acções das pessoas, e por isso tenho a certeza que a pólo norte deve ser uma pessoa com muito mais respeito pelos outros que muitos dos comentadores deste post.
    fartei-me de rir com o post dela, e acho que muitas das pessoas que se opõem pensam o mesmo que ela e apenas não têm coragem de o dizer.
    a pessoa mais cabra que já conheci é cega, e por isso safa-se com coisas das quais uma pessoa dita normal nunca sairia impune, porque coitadinha é ceguinha e não se pode levar a mal. isso para mim é que é falta de respeito, diminuir os outros por causa das suas deficiências, porque os achamos coitadinhos. isso sim é falta de tacto.
    P.S.: e sim, ela fazia de propósito porque sabia que as pessoas se acanhavam por ela ser cega.

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  27. P.S.2: e não acho que existam temas com os quais não se possa gozar. existem simplesmente piadas boas, piadas más, e pessoas com ou sem o sentido de humor suficientemente apurado para as compreender.

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  28. Ainda esta semana vi uma merda dessas no facebook.... e apeteceu-me eliminar o autor....

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  29. Então acabas por não brincar, porque há sempre alguém que sai magoado, mesmo que a piada seja ligeira (pode ser ligeira para ti e chocante para outros). Se estiveres num grupo de 10 pessoas e tiveres uma piada em mente para lançar, vais perguntar a cada um se fica ofendido com este ou aquele tema?

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  30. Vanessa, não, simplesmente evito piadas que poderão magoar alguém.

    Ana, a sério, ninguém aqui acha a Pólo má pessoa ou coisa do género. Apenas acho que alguns assuntos não são dignos de brincadeira. Ponto. Se outras pessoas acham graça, então que se riam. Eu prefiro não o fazer. :)

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  31. tu podes brincar com quase tudo, mas tens de saber fazê-lo. aí é que está a questão...

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  32. Respeito mas também convém entenderes que não és tu que levas as pessoas a ficarem magoadas com a tua piada - elas é que ficam porque querem. A preocupação em ferir os sentimentos de outrém através de uma piada é nada mais que um mito.

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  33. S* eu ontem quando me percebi do que passou até fiquei mal disposta, juro. Acho que à palavras que magoam muito mais do que estaladas. Ás vezes não entendo este mundo da blogosfera.

    mas concordo plenamente com o que disseste

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  34. o respeito é o principio basilar da educação

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  35. É verdade, brincadeiras têm limites.

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  36. Também acho que há limites, que não coloco tanto ao nível do assunto acho que é mais uma questão de bom gosto, nem tudo o que se anuncia como humor tem graça, e quem se acha muito engraçado quando alguém lhe diz que não teve refugia-se na caracterização do outro como "quadrado" por ser um assunto sensivel, em lugar de usar alguma maturidade para se auto avaliar e verificar se aquilo que disse foi de "bom gosto" no género a que se propôs. Há ursas assim ;)

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  37. Tétisq, prefiro que não entremos por aí. O meu post foi inspirado na polémica que se sabe, mas não visa ninguém em particular. :)

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  38. É isso e confundir sinceridade com falta de respeito...

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  39. Eu tenho um sentido de humor corrosivo e normalmente começo comigo. Mas depois há o brincar e o gozar. E o criticar e o ser mal educado. Por exemplo, quando escrevo no meu blog, nunca deixo de dar a minha opinião sincera, mas procuro ser minimamente educada.

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