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Ainda sobre o tema do post anterior...

Vou-me contradizer um bocadinho ao longo deste post, mas espero que percebam a minha ideia.

Acho que ninguém tem nada a ver com o passado sexual de ninguém. Podem ter sido 2, 20 ou 200. Isso é irrelevante. Para alguém que se apaixona por essa pessoa, naturalmente que é relevante... afinal, não encaramos com a mesma naturalidade que o nosso parceiro tenha andado em actividades nos lençóis com 10 ou com 100 mulheres. O que eu quero dizer com isto? Não, não acho que um homem ou uma mulher que goste de sexo por sexo seja porco. Nada disso. Mas pode denunciar ali alguma instabilidade emocional, é um facto. E pode surgir aquele medo de "daqui a uns tempos ele farta-se da vida apenas comigo". São medos naturais.

No entanto, toda a gente passa por diversas fases ao longo da vida. A fase da descoberta, do divertimento sem compromissos, faz parte e - arrisco dizer - até faz falta. Faz falta. Faz falta para percebermos exactamente o que queremos, de que gostamos, quem é que nos agrada. Há gente que dispensa totalmente esta fase da descoberta e fica com o seu primeiro amor. É bonito, claro que é... mas também não deixa de ser válido o "primeiro vou-me divertir, depois é que me comprometo".

Vai daí, respeito as duas opções. Pode haver gente que só se envolve por amor... e pode haver quem se envolva mesmo que o amor tenha ido dar uma volta. Ninguém é menos digno por isso. 

No entanto, convém ressalvar que ir do 8 ao 80 pode significar ausência de algo. Auto-estima, amor próprio, eu sei lá. Ou pode simplesmente significar que a pessoa se quer divertir, simples assim.

Comentários

  1. No meio é que está a virtude, nem um só parceiro como o amor da sua vida (senão conheceu mais nada como saber se aquele é o tal?)
    nem fazer colecção, para não banalizar "a coisa" (subentendam como quiserem a palavra "coisa")

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  2. Concordo! Às vezes temos, simplesmente, essa necessidade de não ter compromisso nenhum e de "nos divertir-mos com o errado enquanto não aparece o certo".

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  3. Entre dois extremos há sempre meios mesmo que sejam ínfimos em qualquer situação da vida.

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  4. Bom texto! Também sou da opinião que se deve experimentar, mas respeito quem fique pelo primeiro e único amor. Conheço uma senhora (que é mais velha que a minha mãe) que diz "Comvém experimentar a salsicha antes de levar o porco para casa porque pode ser uma salsicha das más" e eu até concordo!

    PS - Homens, isto do porco é uma metáfora, não levem a peito sff! Obrigada :)

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  5. pronto, assim concordo muito mais S. (: o outro post nao estava a expor bem o teu ponto de vista, nem e obrigatorio estar..
    (estou a comentar c o telemovel e acho que esta criatura nao esta a colocar acentos. Incomoda-me.)

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  6. Concordo com a amiga da onça! Mas volto a frisar que não concebo sexo por sexo (para mim é claro), nem descobrir sexo sem emoção!

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  7. Discordo quando dizes que falta. isso vai de cada pessoa, talvez até de certas situações que a pessoa vive. Mas sexo por sexo não faz falta a alguém que acha que isso não é "correcto".

    Não vou dizer que é incorrecto faze-lo, obvio que não! Mas não faz falta a toda a gente.

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  8. é com os erros que aprendemos e concordo nao deviam rotular ou descriminar quem tem 2, 20, 1000 enfim... nem deixar que o passado nos asombre mas ha sempre alguem a apontar o dedo principalmente se se trata de mulher... enfim. mundinho sujo.

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  9. Concordo contigo. Penso que há uma altura na vida em que temos necessidade de não ter compromissos.Acho que faz parte do crescimento. Claro que também há quem não passe dessa fase.Mas opções são opções.

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  10. Pode significar que não quer compromisso e vai-se divertindo até encontrar alguém especial.

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  11. Concordo! Nestas coisas o contexto em que as situações acontecem, em que as pessoas se encontram diz muito. Não se podem avaliar os números pelos números sem ver o resto...

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  12. Concordo contigo, cada caso é um caso e não se deve julgar ninguém sem saber verdadeiramente o que lá vai dentro.

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  13. Gostei da perspectiva pragmática e de respeito por opções diversas!
    vidademulheraos40.blogspot.com.

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  14. Deveria existir a tecla delete no ser humano...

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  15. Sou a favor de relações firmes e para o futuro. Mas até isso acontecer, ao procurar, é normal encontrar as pessoas erradas. E bater com a cara no chão para se aprender. Nem todas as pessoas com a tua idade têm a tua maturidade, às vezes é preciso cair para se aprender a ter auto-estima, e às vezes há mesmo quem nunca aprenda.

    Mas acho que faz parte da intimidade de cada um, e acho que quando se começa uma relação não tem que se ir contar a vida íntima que se teve. O que conta é o casal a partir daí.

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  16. entendi a tua ideia... acho que são realmente fases, e também sou apologista de respeitar ambas as opções! quando me envolvo prefiro nao fazer essa pergunta à pessoa, acho que há coisas que nao precisamos saber, para mim importa-me mais o que ela pretende ser dali para a frente do que ela foi um dia. bagagem todos nós trazemos e por vezes muita dela é irrelevante e até prejudicial à relação. eu prefiro ficar na ignorancia (e já agora prefiro que não me perguntem tambem eheh)

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  17. Só não te entende quem não quiser.

    Eu que estou num dos extremos - o de ficar com o primeiro amor, percebi perfeitamente qual é a tua opinião. Mas lá está, eu leio aquilo que escreves e não aquilo que não escreves ;)

    Beijoca

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  18. Plenamente de acordo contigo.
    Muito bom este post! :)
    Eu costumo dizer que quando se inicia uma relação "coloca-se os contadores a zero". :)

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  19. Eu fiquei com o meu primeiro amor. Será que estou a perder alguma coisa? Eu acho que não! Sinto uma coisa tão forte por ele que nem dá para explicar (e já dura a 2 anos).
    Se julgo quem se envolve com muitas pessoas ao longo da vida? Não! Mas mesmo assim não percebo como o fazem. Quando me envolvi com o meu namorado sabia que era isso que queria porque o que senti por ele era muito forte e não percebo bem quem se envolve com alguém só porque sim. Mas claro, cada um sabe de si e temos de respeitar isso!

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  20. Não é assim tão linear querida. Eu nunca vivi essa fase da descoberta e do divertimento sem compromissos e não senti em momento algum da minha vida que necessitasse de o viver para saber o que queria. O P. não foi o meu primeiro namorado mas sei e sei desde que me sei apaixonada por ele, que ele é o que quero. Não tenho nada contra quem vive relações sem compromisso, antes pelo contrário, mas eu nunca precisei de as viver.

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  21. Katsuki, faz falta CONHECER PESSOAS, não ter sexo com elas. :P

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  22. Me, e foi exactamente em ti que pensei ao escrever este texto. Tens uma relação linda e não precisaste de mais nada. De louvar. :)

    Cantinho da Bê, eu não digo que as pessoas têm de experimentar para saber o que querem... apenas que têm direito a querer experimentar. ;)

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  23. Concordo contigo quando dizes que o passado sexual não importa. Sinceramente concordo

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  24. Concordo plenamente contigo. Tudo tem um meio termo e há alturas para tudo, desde que estejamos sempre de bem connosco próprios.

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  25. Eu penso que essas pessoas procuram no sexo se satisfazer de muita coisa, tipo despejam no sexo sua vida. Não é bem assim!

    O Jovem Jornalista fez 4 anos ontem, passa lá e vote, também nas enquetes!

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  26. não se encontra logo o primeiro amor, salvo raras excepções, mas não concordo, claro, que as pessoas andem aí a banalizar a sua sexualidade.

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  27. Eu sei de onde isto veio! Eu também fiquei mais ou menos assim como tu! :)

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  28. s* Concordo contigo também, a coisa mais estranha que me perguntaram é "se tivesses um passaporte sentimental quantos carimbos tinha?!" mas que raio. Há fases, temos de saber separar as coisas e saber o que queremos, temos de ir descobrindo. Mas nem 8, nem 80.

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  29. Ninguém é mais ou menos pessoa por ter tido mais ou menos relacionamentos. São, na maior parte das vezes, opções que as pessoas vão tomando ao longo da sua vida.

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  30. Não querida, mas dizes que faz falta para percebermos o que queremos. Eu cá digo-te que não me fez nem faz falta nenhuma ;-)

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