Foi um livro que li em meia dúzia de dias. Acabou por confirmar aquilo que o primeiro livro da autora me tinha dito: escrita leve, sem pudores, simples e sem palavreado armado-em-chique. Tem palavrões, ah pois tem, tem momentos de delicadeza extrema, descrições encantadoras.
Mete religião, muita religião, que o povo português ainda é religioso, embora as novas gerações andem a fugir dessa "herança". Tem amor, traição, amantes e enganados. Tem aquele amor à terra, aquela sensação de que todos temos uma terra, um lugar onde nos sentimos em casa. É muito, muito bonito. Temos o Zé Nunes, o homem brutamontes e indelicado, mas com força sexual e capacidade de seduzir todas as mulheres. Temos a Filomena, uma mulher sonhadora, que vive entre um amor físico e um amor intelectual. Temos a Sebastiana, a velhota lá do sítio, agarrada às suas crenças, à sua terra, à sua religião. O Ivo, o professor de filosofia reformado que encanta a Filomena com a sua delicadeza e histórias fascinantes. As três irmãs, tão diferentes mas sangue do mesmo sangue: a Ausenda, a Beatriz e a Clara. O pequenito Pedro, criança inocente que é apanhada no meio dos erros dos mais velhos. É incrível como a escrita dela muda com cada personagem, sublime.
É um livro que nos fala de um aldeia alentejana que vai desaparecer com a construção de uma barragem. A água vai inundar a aldeia e assim casas, memórias, lugares e momentos vão perder-se por entre as águas. As pessoas não querem abrir mão disso, claro que não. Afinal, nós pertencemos à nossa terra - e ela a nós pertence.
Eu só li um único livro dela e gostei apesar de no inicio ele ser um bocadinho complicado.
ResponderEliminareu li esse livro enquanto andava na escola, fiz uma ficha de leitura sobre ele. confesso que não me atraiu muito, não sou grande fã da escrita da Rosa Lobato de Faria, pelo menos dos livros que já li dela...
ResponderEliminarLembro-me de o ter lido há muito tempo, tenho um encantamento pela Rosinha, era fantástica , é fantástica :)
ResponderEliminarNunca li esse livro. Li um livro dela e adorei a forma como ela escreve!
ResponderEliminarNunca li nada da Rosa Lobato de Faria, embora simpatizasse muito com ela. Achava-a bonita, delicada e sem papas na língua. Mais um an minha já grande lista de livros a ler!
ResponderEliminarEsse livro dela não conheço. Já li outro e adorei! Agora essa história pode muito bem ser a história da aldeia da Luz, aldeia que ficou submersa após a construção do Alqueva
ResponderEliminarEla é bela, foi o que eu pensei! No livro chama-se aldeia Rio de Anjo. :)
ResponderEliminarTenho de recuperar os meus hábitos de leitura... Já nem sei como é um livro! (shame on me...)
ResponderEliminarNunca li nada dela. Mas ando com curiosidade. Gostei do tema!
ResponderEliminarSuspeitava que alguma vez pudesse ver a Rosa Lobato Faria como escritora até esse livro, precisamente, me ter vindo parar às mãos... :)
ResponderEliminarApesar de nunca ter lido nada dela, pela descrição feita, parece ser muito interessante...Já vai para a lista dos que gostaria de ler*
ResponderEliminarParece bem interessante.
ResponderEliminarO único livro que li dela foi "As esquinas do tempo" e adorei. Esse também parece ser bastante interessante.
ResponderEliminarJá li este livro há muitos anos, foi o primeiro. Depois li todos os seus livros de romance. Este li em dois dias a adorei! Tive a sorte de me encontrar com a autora numa das edições da feira do livro de Lisboa e de ter livros autografados.
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