Avançar para o conteúdo principal

Das praxes

Agora que se inicia um novo ano lectivo para os estudantes (txiii... e eu que já acabei a licenciatura há três anos, o mestrado há um...), resolvo voltar ao tema do costume: a praxe.

Eu não sou contra a ideia da praxe. Poderia ter a sua graça, poderia servir para incutir aquele espírito de grupo que se quer na faculdade. Poderia servir para causas sociais.

Eu sou é só contra as praxes ridículas, insultuosas e maldosas que se praticam na maioria das faculdades deste nosso Portugal.

Vejamos:

Eu, no meu curso, tinha uma praxe gira. Também tínhamos algum exercício físico chato, é certo, mas fazíamos imensos jogos, podíamos gozar com praxistas e com professores. Íamos para a rua pedir dinheiro para os colegas com menos dinheiro. Fartei-me daquilo ao fim de um ou dois meses, mas reconheço que era uma actividade gira - eu é que estava ali para estudar, não podia estar sempre a faltar às aulas e não gostava de passar noites e noites fora de casa.

Mesmo ao lado, na faculdade da minha irmã, basicamente era à base do insulto. As raparigas eram todas trutas, porcas e cabras. Eles eram os homens-que-fazem-panelas, isto e aquilo. Mas isso faz algum sentido?

Insultar miúdos, gozar com eles de forma gratuita, abusar deles fisicamente... isso não ensina nada. Apenas revela falta de cérebro de quem o faz e uma imbecilidade em estado avançado.

Comentários

  1. A praxe na minha faculdade foi sobretudo integradora.
    Não houve cá faltas de respeito nem abusos.
    Mas também conheço muitas faculdades em que elevam as coisas para um outro nível...

    ResponderEliminar
  2. completamente de acordo!
    há praxes engraçadas, que promovem a integração do caloiro e depois há as praxes que simplesmente servem para algumas mentes doentes sentirem o "poder" de controlar (humilhando, insultando, ...).

    xo

    ResponderEliminar
  3. Há praxe e praxe. Por aqui funciona muito na base da brincadeira. Também não gosto de grandes abuso, embora também ache que aparecem alguns caloiros que precisam de algo como uma cadeira chamada introdução à boa educação.

    ResponderEliminar
  4. Pois é, o certo é que há praxes ridículas que incluem falta de respeito. É pena.
    Eu cá não gosto nada disso e nem acho que vou gostar.

    ResponderEliminar
  5. Eu gostei da minha praaxe (há longos anos atrás, nos idos anos de 1998, lol) - senti-me integrada. Mas tb vi muita injustiça e imbecilidade. Nem pareciam atitudes de pessoas que supostamente tinham um dedinho de testa, já que tinham entrado no ensino superior...

    ResponderEliminar
  6. Já eu tive uma praxe inútil e feita por tipas frustradas e burras - sim, repetentes até mais não...detestei.

    ResponderEliminar
  7. estou contigo. à partida a praxe deveria funcionar como um mecanismo de adaptação a um novo ambiente. se calhar na essência era o que devia ser. mas na prática o que se vê são abusos de poder e humilhações gratuitas a que as pessoas se sujeitam sob pena de serem rejeitadas. eu pessoalmente odeio e não acho piadinha nenhuma, nem às brincadeiras mais inocentes porque me parecem todas parvas :/

    ResponderEliminar
  8. Por isso é que nao participei na minha

    ResponderEliminar
  9. Eu tive praxe TODO o ano, todas as semanas, por vezes tornava-se chato, mas a verdade é que nunca faltei a uma aula. No natal vestimos-nos todos de pai natal e fomos para o centro da cidade distribuir rebuçados e baloes às crianças, recolhemos comida para instituições, fazíamos debates sobre assuntos polêmicos (aborto, Deus...) Foram eles que nos explicaram como funcionava a universidade: Onde era a cantina, os serviços acadêmicos, como lidar com o professor de uma ou outra cadeira. Preocupavam-se connosco: eu vivia a 1km da universidade e mesmo assim depois das 7 havia alguém que me acompanhava a casa, caso a praxe acabasse tarde. Também sofremos a outra versão da atividade: enchemos e muito, berramos, rastejamos, fizemos coisas para lá do nojento... Mesmo assim, olhando para trás adorei a experiência!

    ResponderEliminar
  10. Em Lisboa as praxes duram meia dúzia de dias e, mesmo assim, não me apanharam lá. Tenho dúvidas que efectivamente fomentem a integração. Comigo, pelo menos, não foram precisas. beijinhos

    ResponderEliminar
  11. Eu por acaso gostei das minhas, como fui estudar a 600kms de casa ajudou a integrar-me, a conhecer pessoas e a divertir-me muito...quem me dera ser caloira outra vez :D *

    ResponderEliminar
  12. Ainda à poucos dias deu no telejornal não me recordo no momento onde foi, o pessoal, estava a fazer trabalho comunitário nos dias de praxe, o que eu acho um exemplo de louvar.

    ResponderEliminar
  13. Concordo plenamente. As praxes são muito giras enquanto se conhece o limite entre diversão e falta de respeito.
    Na minha faculdade, as praxes eram actividades ao ar livre praticamente todo o dia e jogos e festa. Embora tivesse de haver sempre aquele "respeito", não me lembro de ter ouvido um insulto uma única vez, ou de algum dos veteranos ter faltado ao respeito de que maneira fosse. Foi das semanas que mais gostei na minha vida académica.

    Mas também, aceitar ou não as praxes mais "violentas", só depende dos alunos :)

    ResponderEliminar
  14. Eu sou da mesma opinião.
    Não sou contra a praxe e acho que há praxes bem giras.
    Na minha faculdade, nunca fui insultada e nunca vi nenhum colega a ser insultado (eramos praxados todos juntos e não divididos por curso como na maioria das faculdades - o que nos permitia conhecer imensa gente de outros cursos).

    No entanto, todos sabemos que há gente estúpida e que, em algumas faculdades, a praxe não tem como objectivo a integração de novos alunos mas sim o gozo/divertimento de alguns pseudo-doutores. Nesse caso, não concordo, obviamente.

    ResponderEliminar
  15. Na altura saí da praxe porque aquilo já não me divertia, não porque me tivessem feito algum mal. Além disso, admito que não gosto de radicalismos. Tinha de ir à praxe toooodos os dias, ficar até à meia-noite quando se lembravam. Não tinha pachorra.

    ResponderEliminar
  16. Na minha praxe não me posso queixar de nada, mas lembro-me perfeitamente que eram os 'doutores' que punham os meninos do 2º e 3º ano, que andavam talvez ainda numa de vingarem a sua própria praxe, na ordem. Não permitiam exageros e isso agradou-me bastante, ver os mais velhos a pôrem juízo nos mais novos...

    ResponderEliminar
  17. É verdade... Se há coisa que me assusta é a praxe...

    ResponderEliminar
  18. Pois...eu ia toda entusiasmada para praxe, a pensar que era como a da minha irmã! E pronto, fui parar à faculdade vizinha da tua e foi o que descreveste...enfim! Acho que nem cheguei a ir uma semana inteira!
    *

    ResponderEliminar
  19. bem.. eu sou caloira e na próxima semana vai tudo começar..
    e estou com algum receio, mas acho que é normal.

    ResponderEliminar
  20. eu tenho uma doença genética a msud e estou a iniciar a universidade agora o que me preocupa as praxes pela doença complicada que é!

    http://especial-dreams.blogspot.pt/

    ResponderEliminar
  21. Eu estou a estudar Direito em Coimbra, vou iniciar o 4º ano. Fui praxada por um chamado "grupo de praxe não oficial". Se é verdade que conheci gente durante a praxe, também é verdade que fui humilhada, que rastejei muito pelas ruas de coimbra, que me chamaram burra vezes sem fim, que estive de joelhos horas em sitios onde a dor das pedras a bater nos olhos me faziam verter lágrimas. Considero que se tivesse tido uma praxe normal, dinâmica, com actividades giras teria conhecido as mesmissimas pessoas e não teria ficado com tão má recordação da praxe.

    Gosto de te ler S* :)

    http://andreia-blueberry.blogspot.pt/

    ResponderEliminar
  22. Eu não fui praxada, não querendo isto dizer que sou anti-praxe. Há praxes e praxes: umas pelo simples prazer de humilhar e dar azo a um sentimento de superioridade e vingança (se fizeram a mim vou também fazer); outras são construtivas, como há pouco tempo deu no telejornal uns caloiros deram a mão de obra e pintaram uma instituição...isso sim é bonito e útil, como forma de integração e por forma dar a conhecer aos futuros "doutores" a realidade da vida... Depois, mas só depois, é que podem ir para os copos.

    ResponderEliminar
  23. Eu fui praxada e praxo, mas aquilo já me desiludiu muito.

    ResponderEliminar
  24. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderEliminar
  25. Eu fui praxada e praxei. Aliás andam fotos das praxes no meu fb. Não tive praxes onde fosse insultada ou tivesse que insultar.Quando fui praxada (há 11 anos), existiam apenas dois cursos naquela escola, em pleno centro da cidade (os restantes já estavam no edifício novo), ou seja as praxes eram "especiais".Fiquei com joelhos negros, rouca, mas ri muito. A minha praxe foi uma verdadeira integração.Quando praxei nunca insultei ninguém.Mas admito que enquanto estudei,fiquei sempre rouca nas semanas de praxes, despoletei alguns ódios iniciais apenas gozo que me dava (bastava arrebitar o nariz e dizer de forma mais arrogante "caloiro ajoelhe-se a apresente-se...comece de novo, não estou a ouvir nada.Olhe para o chão e comece outra vez.E por aí a fora). E era bastante...partia-me a rir no primeiro jantar de curso em que os caloiros diziam "a doutora não é má".
    Mas não concordo com praxes em que se insulte o caloiro, em que se humilhe verdadeiramente.
    Gosto de praxes, desde que não se ofenda a pessoa, que não se rebaixe e insulte.
    Faço parte das pessoas que dizem que para usarem o traje académico têm que "trabalhar" para isso.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Traje académico é ACADEMICO! Não é praxistico ò burra!

      Eliminar
  26. Eu também adorei a minha praxe, mas conheço muita gente que não gostou nada. A diferença? Na minha faculdade a praxe servia só mesmo para integrar os caloiros e era à base de jogos, e nas outras era mais à base de insultos...

    Beijinhos!

    ResponderEliminar
  27. Lá está a praxe devia ser divertida, ter a finalidade de integrar os caloiros e ajudá-los a conhecer pessoas...

    ResponderEliminar
  28. Ora aqui está um assunto que me tira um bocadinho do sério (e eu já sou louca que chegue). lol
    Por isso fico-me só por dizer que sou completamente contra!

    ResponderEliminar
  29. Eu odeio praxes. E como só boltei hoje, só falo disso mais logo :P

    ResponderEliminar
  30. Oh Meu Deus que medo! Para o ano vou ser praxada e não me agrada mt a ideia, mas mesmo assim quero ver como é :p Mas se alguém me desrespeitar eu saio logo! :s

    ResponderEliminar

Enviar um comentário

Mensagens populares deste blogue

Para dormir - solução, procura-se!

É uma pessoa desesperada que vos escreve, esta manhã. Conhecem soluções naturais para dormir bem de noite? Algo que me faça ferrar o galho e só acordar no dia seguinte? Estou farta de noites mal dormidas. Estou farta de ficar até às 5 ou 6 da manhã sem conseguir dormir. Chego ao desespero, com vontade de chorar. De dia, sinto-me cansada, porque o descanso é uma porcaria. Não sou grande adepta de medicamentos mas, se tem de ser, é. Alguém conhece um remédio, uma erva, o que seja?

Coroas caseiras

Este ano a senhora minha mãe entreteve-se a fazer coroas de Natal. :) Para ela, fez uma coroa mais tradicional, com as peças decorativas em plástico, à moda antiga. Para a minha irmã, fez uma rena.  Para mim, fez a coroa mais espectacular de sempre, com flores artificiais, muitas bolas coloridas e pendentes dos corações. Romântica, como eu.  Contagem decrescente para o dia mais especial do ano... Amanhã inaugura-se o calendário de advento com quadradinhos de chocolate!

Um ano a dois

Como o tempo voa, hoje celebro um ano de um relação calma, que me foi conquistando aos poucos e que, hoje em dia, me dá todas as certezas. Quando nos conhecemos, em Abril do ano passado, viramos amigos. Na verdade, tornou-se meu confidente e aturou-me durante semanas e semanas a "chorar-me" por outra pessoa. Já eu percebi que ele gostou de mim no primeiro café que tomamos, mas como é tão ou mais discreto que eu, nada feito. Ficamos assim, entre avanços e recuos, entre conversas diárias e afastamentos semanais. Ao meu lado quando fui operada e nos dias que se seguiram. Eu ainda sem rumo, à procura de algo que não sabia ainda o que era. Foi no dia 6 de setembro de 2021 que a amizade evoluiu para algo mais.  Desde o primeiro dia que não me deixou dúvidas de que queria estar ao meu lado. Acho que foi exactamente isso que (de forma um pouquinho "umbiguista") me fez apaixonar por ele. Sempre percebi que gostava de mim. Sempre me senti acarinhada, querida e desejada.  Dura