Avançar para o conteúdo principal

Playboy, de novo: It's all about the money

Gente, não vale a pena criticarem mais a Playboy.

Em Portugal, o formato normal da revista - com mulheres realmente nuas, em poses provocantes, como que a "chamar o leitor" - não resulta.

E não resulta porquê, perguntam vocês?

1. No Brasil, por exemplo, todos os meses eles têm mulheres famosas todas descascadas. Mas mulheres realmente famosas. Grandes actrizes, modelos internacionais, apresentadoras... and so on. No Portugal, as mulheres são mais pudicas, mais recatadas, o preconceito é grande. Ou seja, lá não é escandaloso se a Maitê Proença, actriz com dezenas de anos de carreira, se despir. Aqui, se uma actriz como a Alexandra Lencastre resolvesse despir-se, caía o carmo e a trindade. Ai porque não pode, ai que tem filhas, ai que não sabe comportar-se, ai que já devia ter juízo. Até eu, jovenzinha, tenho esse tipo de preconceitos - acho que é natural, não estamos habituados.

2. É tudo uma questão de dinheiro. No Brasil, eles querem, eles podem. Eles não se importam de gastar milhares e milhares de euros para garantir uma boa capa. Aqui, minha gente, por 20 ou 25 mil euros, acham mesmo que a Rita Pereira ou a Dânia Neto iam tirar fotos nuas, de pernas abertas? Há que ter noção das coisas. Se lhes pagassem uns 100 mil euros, aposto que o caso já mudava de figura.

3. Eu acho natural que a revista adapte o conceito à realidade do país. Eu não sei quais são os países onde a Playboy é feita, mas certamente que há países mais recatados do que outros, por isso parece-me perfeitamente normal que a marca se adapte à realidade dos países. Ninguém se queixa do facto de nos EUA a Macdonald's ter menus "normais" em tamanho que nós, portugueses, consideraríamos gigantes, pois não? Então pronto. A marca adapta-se ao país onde pretende vingar.

Adenda: Vocês também nunca estão contentes, caramba. Lembram-se da Playboy, há um ano atrás? Ruth Marlene, Ana Malhoa, Cristina Areia. Para ver mulheres assim tão... hum... banais... despidas, prefiro ver mulheres todas boazudas em lingerie.

Comentários

  1. Isso é tudo verdade.Mas, então, não abriam uma Playboy, abriam algo parecido. Playboy, é Playboy. E isto é uma mancha ao nome.

    ResponderEliminar
  2. concordo plenamente ctg
    bjs*

    ResponderEliminar
  3. Shiine * não me parece que seja uma mancha porque certamente que eles tiveram permissão para mudar o conceito da revista. Estive aqui a pesquisar...

    "Uma edição indonésia da revista foi lançada em março de 2006, mas a controvérsia foi causada antes mesmo da publicação da primeira edição. A editora garante que o conteúdo da edição indonésia será diferente do conteúdo da edição norte-americana, mas mesmo assim o governo está tentando banir a revista do país usando leis anti-pornográficas, mas está sendo uma tarefa difícil, já que ao governo daquele país é proibido censurar qualquer forma de mídia".

    Lá está: adaptam a revista ao país. Parece-me normal.

    ResponderEliminar
  4. Para produções destas, a GQ faz um trabalho infinitamente melhor.
    Para produções de pipi à mostra, tens a Penthouse.
    Portanto, se a Playboy realmente quer fazer a diferença é bom que no próximo número apareçam nem que seja com a Ana Malhoa nua, porque isto da malta comentar que elas estão vestidas só é alarido à primeira e à segunda.

    ResponderEliminar
  5. MUY BIEN! Concordo contigo, e acho que a política da Playboy é mesmo essa: adaptar a revista aos países.

    E quem quiser ver mulheres nuas, pois há peep-shows e houve agora o Salão Erótico! :-)

    ResponderEliminar
  6. Mas os portugueses têm uma ideia internacional da coisa. Assim a Playboy portuguesa não vai longe. Porque se queres meninas em biquíni não gastas 4€ na Playboy e é preferível que compres as revistas cor-de-rosa no Verão. :P, é mais simples.

    Se é para fazerem o que fazem mais vale não haver Playboy.

    ResponderEliminar
  7. Tb acho!!!
    :-)...ainda bem k n sou famosa!!! Ninguem ia kerer ver-me d fatinho d banho... Nem mm pintado por min...nem uma sexy pintura!!! Lol

    ResponderEliminar
  8. Mas cai o carmo e a trindade porquê? Só se for na má lingua das outras mulheres. Esse é que é o verdadeiro problema deste país.
    Tal como escrevi mês passado sobre este tema "Provavelmente a linha que separa o fantástico do vulgar na cabeça destas comentadoras, é aquela até onde essas mesmas seriam capazes de ir num hipotético convite para uma sessão fotográfica do género Playboy, ou seja tirar tanto ou o mesmo do que a Rita tirou, é fantástico... mais que isso... vulgar e ordinário".

    Quem lê o teu post até pensa que estamos num país islâmico onde nenhuma revista pode mostrar nada.
    Mas o que realmente chateia é que eu acho que as pessoas adoram ser preconceituosas e que tudo fique sempre na mesma, sob um pretexto de harmonia social, casta pela frente e podre pela sombra, visto que mesmo o teu post não é uma crítica à Playboy portuguesa mas sim uma resignação a um retrógrado ponto de vista que ainda existe na cabeça de muita gente neste país.

    ResponderEliminar
  9. *parece-me perfeitamente normal e compreensível. afinal o que não falta é variedade de tradições e costumes, pelo que será sempre necessário adaptar o que quer que seja à realidade de cada país.

    ResponderEliminar
  10. Eu acho que a revista não tinha que ser adaptada a cada país. Se o conceito da revista é nudez é assim que deve manter-se. Concordo que ninguém se despe por trocos, até porque a mulher portuguesa é preconceituosa, sim. Mas nesse caso prestem um serviço público e tentem mudar as mentalidades, choquem o público com nudez! Daqui a uns anos será como no Brasil. A Playboy é que foi muito branda e medrosa ao adoptar esta estratégia porque toda a gente tem curiosidade na nudez e até as mulheres iriam espreitar a revista se houvesse nudez nem que fosse para ver se a mulher em questão tem dois braços e duas pernas como todas as outras. Para ver fotografias de moda compramos a Vogue ou outra qualquer do género. Os homens estão descontentes e no final de contas é para eles que a revista é produzida, por isso deviam reconsiderar a estratégia e tentar agradar ao público para vender, porque o objectivo é esse! Pagam mais às raparigas mas têm o triplo das receitas.

    ResponderEliminar
  11. Playboy não é a penthouse. Querem ver pernas abertas e cenas mais hardcore vejam a última que referi.
    Têm a Daniela P. com a pernoca aberta para se ver tudo.

    ResponderEliminar
  12. E mais:

    Vocês também nunca estão contentes, caramba. Lembram-se da Playboy, há um ano atrás? Ruth Marlene, Ana Malhoa, Cristina Areia. Para ver mulheres assim tão... hum... banais... despidas, prefiro ver mulheres todas boazudas em lingerie. ahahah

    ResponderEliminar
  13. Martini, porque as mulheres jeitosas e famosas portuguesas não mostram o corpo por tão pouco dinheiro. Vai daí, temos de levar com Anas Malhoas...

    ResponderEliminar
  14. Rosa Cueca, fofa, eu acho que a Playboy está a tornar-se na GQ2. :D

    ResponderEliminar
  15. S* estou totalmente de acordo ctg!

    :-))

    ResponderEliminar
  16. Até concordo que deva haver uma adaptação ao país onde a revista tem publicações, mas será que com isso não se perde a essência do conceito da revista? Acho todos os pontos que enumeraste correctos, mas mesmo assim acho que se perdeu a essência da revista com este tipo de aposta, até porque assim ela fica igualzinha a tantas outras que já por aqui andam!

    ResponderEliminar
  17. Como tudo isso é cultural!

    Acho que tudo tem um preço, sim. Acho que existe muito preconceito, sim. E acho que existe tesão no nu, como existe tesão na insinuação.

    A sensualidade vende, e dá tesão, e como! Se não como ficariam os países em que os homens quase não vêem nada? Eles ficam duros, eles têm tesão. E talvez possuam uma margem de excitação menor do que os homens de outra cultura, porque um simples pé desnudo os excita. Então é cultural, e há algo que para além do nu exposto, é o instigar, o provocar. Nada como um véu, mesmo que transparente em cima de um corpo nu.

    ResponderEliminar
  18. concordo, sem dúvida, mas acho que é só mesmo o dinheiro, não tem a ver com a personalidade ou aspectos culturais. nesse aspecto concordo com o arrumadinho.
    **

    ResponderEliminar
  19. Se adaptaram o país à revista, caramba...andamos muito puritanos.
    E como foi dito acima, não concordo com estas adaptações, apesar de achar estas fotos mais "playboy". E concordo com o que foi dito acima...assim a revista não vai durar muito tempo.
    Se tem uma base há que mantê-la, e provavelmente na Indonésia a controvérsia terá acontecido pela religião,

    ResponderEliminar
  20. O Brasil não é exemplo para ninguém for Christ sake! Toda a gente fala mal das brasileiras, na Europa, na América, em todo lado. São vistas como carne para canhão. O Brasil é destino de turismo sexual e não é à toa. Se elas gostam de se descascar é problema delas. Se eu fosse famosa em Portugal alguma vez me despia por 100 mil euros?? lol ganham mais que isso na porcaria de um anúncio. No Brasil são todas uma tontinhas, rezam para serem capa da playboy, vendem-se por qualquer coisa, como se mostrar as mamas e a rat... desse algum prestígio. Não é à toa que toda a gente as acha umas P... Não somos nós que somos conservadores. Eles lá é que são movidos a sexo. Mas deixa estar que pelo andar da coisa qualquer dia aqui fazem o mesmo. Já é rara a gaja famosa que não tem mamas falsas. São umas vulgarzitas é o que é.

    ResponderEliminar
  21. Sim senhor que cada projecto se deve adaptar à realidade do mercado. Mas adaptação não é perder totalmente a essencia da revista. Mas como já alguém disse, há revistas que fazem coisas do género, produções sensuais em lingerie. Para quê fazer uma Playboy em Portugal se depois não é nada do que se espera? A Cleo Pires pousou na versão brasileira totalmente nua. Não estava vulgar. Estava nua, despida de trapos. Estava linda. Se o nosso povo é assim tão picuinhas e púdico, mais vale nem termos Playboy no país. Cada coisa é o que é. Quem não gosta de ver, não compre. Simples assim. Agora também vamos proibir a adopção gay porque pode chocar os católicos?

    ResponderEliminar

Enviar um comentário

Mensagens populares deste blogue

Para dormir - solução, procura-se!

É uma pessoa desesperada que vos escreve, esta manhã. Conhecem soluções naturais para dormir bem de noite? Algo que me faça ferrar o galho e só acordar no dia seguinte? Estou farta de noites mal dormidas. Estou farta de ficar até às 5 ou 6 da manhã sem conseguir dormir. Chego ao desespero, com vontade de chorar. De dia, sinto-me cansada, porque o descanso é uma porcaria. Não sou grande adepta de medicamentos mas, se tem de ser, é. Alguém conhece um remédio, uma erva, o que seja?

Coroas caseiras

Este ano a senhora minha mãe entreteve-se a fazer coroas de Natal. :) Para ela, fez uma coroa mais tradicional, com as peças decorativas em plástico, à moda antiga. Para a minha irmã, fez uma rena.  Para mim, fez a coroa mais espectacular de sempre, com flores artificiais, muitas bolas coloridas e pendentes dos corações. Romântica, como eu.  Contagem decrescente para o dia mais especial do ano... Amanhã inaugura-se o calendário de advento com quadradinhos de chocolate!

Um ano a dois

Como o tempo voa, hoje celebro um ano de um relação calma, que me foi conquistando aos poucos e que, hoje em dia, me dá todas as certezas. Quando nos conhecemos, em Abril do ano passado, viramos amigos. Na verdade, tornou-se meu confidente e aturou-me durante semanas e semanas a "chorar-me" por outra pessoa. Já eu percebi que ele gostou de mim no primeiro café que tomamos, mas como é tão ou mais discreto que eu, nada feito. Ficamos assim, entre avanços e recuos, entre conversas diárias e afastamentos semanais. Ao meu lado quando fui operada e nos dias que se seguiram. Eu ainda sem rumo, à procura de algo que não sabia ainda o que era. Foi no dia 6 de setembro de 2021 que a amizade evoluiu para algo mais.  Desde o primeiro dia que não me deixou dúvidas de que queria estar ao meu lado. Acho que foi exactamente isso que (de forma um pouquinho "umbiguista") me fez apaixonar por ele. Sempre percebi que gostava de mim. Sempre me senti acarinhada, querida e desejada.  Dura