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Factor C (de Cunha)

Não tenho nada contra as cunhas. As cunhas não significam (obrigatoriamente) que se contratou um incompetente para o local. Significa sim que se deu uma oportunidade mais fácil a alguém. Pode ser competente ou incompetente, evidentemente.

Mas se há coisa que me irrita é gente que chega a certos empregos por Cunha e não tem coragem para o assumir. Mas qual é o problema? Só deve ter problemas com isso quem duvida da própria competência.

Infelizmente, o mercado está difícil. Se tivermos quem nos ajude, devemos agradecer. E assumir o facto. Olha que se me arranjarem algum tacho eu não tenho problemas em assumi-lo.

E sabem que mais?

Vou provar a toda a gente que, apesar de eventualmente ter tido um tacho, sou óptima naquilo que faço. É essa a melhor maneira de eliminar o Factor C.


Nota: Eventualidades, claro. Que tachos não tenho.

Comentários

  1. Eu já tive um emprego por cunha e admito-o. Na minha área se não for por cunha não arranjo é nada!

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  2. Eu já tive um emprego por cunha e admito-o. Na minha área se não for por cunha não arranjo é nada!

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  3. tens toda a razão,quando isso acontece deve se dar o seu melhor para ser merecedor do lugar que esta a ocupar como devia ser sempre

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  4. Eu, por enquanto, ainda só tenho Cunha no nome. Mas, sinceramente, acho que dá mais gozo chegar a determinado posto sem cunhas. Claro que, com a dificuldade que há em arranjar emprego, é difícil dizer não a uma cunha...
    kiss

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  5. Eu tou onde estou hoje...graças as factor C...e sem problemas...nunca escondi isso de nenhum dos meus colegas... antes pelo contrário...fiz questão que antes que se começasse os mexericos...afirmar com todas as letras... mas tenho tb a certeza...que as subidas de posto e de confiança que me deram não foram por ser...citrano filho de mitrano...ou citrano que veio por intremédio de litrano... subi... por mérito...por esforço e por muita competência...e esse é o meu orgulho... e espero que ainda não tenha parado de subir...pois quero mais...e mais...e mais...
    Quanto á tua situação...quando existirem por aqui vagas no meu estáminé...eu digo-te alguma coisa...depois se quiseres fazes algo...ehheheh
    Beijos...e óptimo post...

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  6. O problema é que é dificil de avaliar quem ganhou um emprego via cunha, até porque normalmente elas acontecem no sector público, onde é proíbido avaliar (vê o caso dos profs).

    Eu sou 100% contra a cunha, mas também aceito que caso fosse bafejado com um "job for the boy" ia-me aagarrar com unhas e dentes a ele, pelo menos para o manter.

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  7. Concordo ctg, mas há cunhas muito tristes, gente que não faz nada e esta ali porque fulaninho filho de não sei quém....
    Bjs* e adoro este lovo look do teu blog esta fresco ;)
    Bom fds

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  8. Ainda bem que não contra as cunhas, porque eu sou cunha :P mas apenas de nome xD. Beijinhos :)

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  9. Eu também não vejo mal nenhuma nas cunhas desde que a pessoa faça o trabalha bem feito e que não ande só a passear o esqueleto, que ganhe o mesmo que os restantes que trabalham a sério e têm ainda que fazer trabalho dessa pessoa... ; ) ***

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  10. Eu já recusei uma cunha e fiquei a sentir-me uma pessoa honrada, pelo menos uma vez na vida x)

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  11. Olha, na loja d animais onde trabalho so consegui entrar por cunha, porque senão nunca na vida... eu bem vejo que as pessoas entregam os CV's e os chefes nem pegam naquilo...só entra mesmo quem é "recomendado". Claro que tive entrevista de emprego na mesma, e a minha prestação na mesma contou muito ;) E não, assumo que entrei por cunha e nao tenho vergonha nenhuma de o assumir pq sei mt bem o valor que tenho ;)

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  12. "Quem não tem padrinhos não se baptiza"

    Pois eu cá sou sincera, depois de terminar o curso se conseguisse uma cunha para conseguir um emprego melhor que o meu, seria optimo.

    Essa coisa das cunhas, funciona mal e é injusto a meu ver, no caso de haver concursos, testes e gente com maiores capacidades e que se esforçou mais não entrou porque outro teve uma cunha, ai é injusto.

    Mas há outras formas de cunhas, de vagas que nem vão a concurso e não há entrevistas, tipo só de boca, tenho uma amiga, familiar, que tem jeito, talento, dedicadas, blá, blá, blá, não tem mal nenhum, e quem tem oportunidade deve aproveitar sim.

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  13. Só meti cunha uma vez.
    Na secção onde eu estava só promoviam os "afilhados" graxistas que iam ao escritório e arrasavam os colegas.
    Como eu nunca alinhei em grupos, tinha o sangue na guelra e nunca mandava dizer por ninguém o que pensava dos meus superiores, quando chegava a hora das promoções achavam que eu não merecia por ser "refilão". Quando tentava mudar de secção não me deixavam sair com o argumento de que era bom trabalhador, assíduo e responsável.
    Filhos da puta.
    Tive que pedir a ajuda do meu amigo, que tinha sido o meu primeiro chefe quando entrei para a empresa e, ao fim de 5 anos de luta, consegui sair com um sorriso de orelha a orelha e umas "bocas" daquelas que nem os cães gostam de ouvir, porque eu nunca gostei de ser menos do que ninguém e se eles eram filhos da puta, eu fazia por ser ainda mais eheheh.
    Meus belos 20 anos... não tinha insónias porque não me ficava nada "atravessado".

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  14. Pois eu sou absolutamente contra as cunhas. Acho que o mundo das oportunidades devia funcionar única e exclusivamente por critérios de mérito e a apartir do momento em que deixou de o ser, as desigualdades agravaram-se de forma irremediável.

    Infelizmente, esse não é o mundo em que vivo e portanto, se não posso vencê-lo, juntar-me-ei a ele quando se for caso disso. Mas vou continuar a achar que é a forma mais injusta de se obter um lugar qualquer.

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  15. Entre duas pessoa de qualificações similares, uma que conheces e outra que nem sabes quem é, quem é que escolhes?

    Não é a que conheces?

    Isso não é cunha, é bom senso!

    Só não escolhes a que conheces se tiveres má impressam dela. Nesse caso preferes arriscar na outra...


    Contratar alguém que não se conhece é sempre um risco e, hoje em dia, cada vez mais.

    O que faz a diferença no trabalhho é a atitude das pessoas, a disponibilidade para aprender, para fazer o que é necessário...

    Quem quer aprende... Sempre!

    Mas há muitos que nem estão lá para isso...

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  16. Mesmo com cunha, só lá fica quem é bom por isso não há que ter problemas de consciência.

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  17. O problema dos tachos é virem anexados a um pagamento vitalício, isto é, se não fores competente dás-te mal e ainda comprometes o "cozinheiro"; se fores sucedida na receita, serás unicamente responsável por uma parcela do lucro...

    Antes o pão nosso a dias!
    (palavra de má cozinheira :))

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  18. Sou completamente contra as cunhas. Já fui inúmeras vezes injustiçada por causa das cunhas, mas mesmo assim mantenho a cabeça erguida. Posso não ter um grande emprego, mas não devo nada a ninguém e que consegui até hoje foi por mérito próprio.

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  19. Andava eu a pesquisar sobre a "Cunha" e vim parar aqui,e vejo muitos comentários contra a "Cunha".

    No meu ver existe 2 conceitos de "Cunha"

    Conceito 1-São aqueles que se fartam de procurar e não sabem mais onde ir(que é o meu caso) e que chegam ao ponto de ficar desesperados,e aí a unica maneira de arranjar alguma coisa é através da "Cunha"

    Conceito 2-São aqueles nada fizeram na busca do emprego,e aí sim,para ingressar no mercado recorrem á "Cunha"(porque não sabem mais ou a falta de vontade para procurar emprego é pouca ou nenhuma)

    Hoje em dia não seria capaz de negar 1 "Cunha",sei o meu valor,sei que trabalho bem(apesar de ter o 9º ano),sei que tenho andado ai a procurar como nada fosse,o conceito que se enquadrava a mais era o 1º conceito,mencionado acima.

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  20. Procurava quem se insurgisse contra a cunha, o cancro do país, e leio isto com profundo pesar.
    O discurso de quem a aceita é revelador das capacidades que detém, e assim da dimensão do problema. Então não se equaciona sobre as oportunidades de mostrar valor que são cortadas a quem não a tem? Então a cunha é critério de desempate sem antes se aplicarem critérios de selecção com rigor e objectividade?
    Se no privado não der lucro, não tem por que se manter, logo o problema morre. Nem tem por onde se equacionar.
    O problema está no sector público que se pretende modelo, que se espera retrate o estado de evolução das sociedades, das organizações...
    No público todos nós pagamos, por menos qualidade que ofereçam os serviços que presta quem a tem, com a agravante de que ter cunha implica perpetuar o fechar de olhos à ilegalidade, por se estar permanentemente em dívida. Será esse sentimento de culpa que carrega quem conseguiu um emprego por cunha que lhe fecha os olhos e a boca?

    Estamos em crise porque alimentamos vícios, e é pena que não percebamos que depende de nós mudar tudo, que depende de cada um de nós mudar aquilo que está mal no caminho que percorremos.

    Pensemos, por favor, se queremos perpetuar injustiças ou antes fomentar a qualidade.
    A vida nunca será fácil para ninguém que dependa do trabalho para viver, mas se mudarmos talvez nos surpreendamos ao ver que não estamos sós, que temos valor pelo que conseguimos com verdade e justiça, ainda que o ritmo a que o conseguimos nos desespere tantas vezes.
    Talvez tenhamos de morar em casa alugada, talvez não tenhamos férias nem maravilhosas viagens para publicitar nas redes sociais para mostrarmos como somos felizes à custa da infelicidade dos outros. Talvez nem tenhamos vontade de passear, mas vivemos apenas a nosssa verdadeira vida, aquela de que não temos contas a dar a mais ninguém senão à nossa consciência leve e livre.
    A vida não será fácil, mas será honesta. A nossa vida será um passo gigante para a Humanidade.

    Se encontrar alguém que partilhe o meu pensamento sentir-me-ei mais feliz e será sinal de esperança, porque há mães que desistem com os filhos, há mães que sucumbem à revolta e à injustiça e que encontram no fim da vida a única maneira de protegerem os filhos... E ninguém que admita a cunha terá direito de as julgar.

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  21. E já agora, por favor, revejam o critério e conceito de 100% contra o que seja!

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  22. O quanto é horrível ver gente de mérito ser ultrapassada por gente que está muito aquém das competências... É inconcebível. Num estudo que realizámos sobre as formas de ingresso no mercado de trabalho, verificámos que 65% dos empregos em Portugal foram atribuídos pelo "factor cunha", é grave, muito grave...

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    1. O pior é que essa percentagem na função pública é muito superior e provavelmente nem é contabilizada porque as pessoas preferem fazer de conta que acreditam que dizer "eu entrei por concurso" significa "de forma legítima" e para sustentar bem a farsa nem querem conhecer a lei, afinal um crítério básico por que supostamente deviam ter sido seleccionadas!

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