Porque os outros se mascaram mas tu não
Porque os outros usam a virtude
Para comprar o que não tem perdão.
Porque os outros têm medo mas tu não.
Porque os outros são os túmulos caiados
Onde germina calada a podridão.
Porque os outros se calam mas tu não.
Porque os outros se compram e se vendem
E os seus gestos dão sempre dividendo.
Porque os outros são hábeis mas tu não.
Porque os outros vão à sombra dos abrigos
E tu vais de mãos dadas com os perigos.
Porque os outros calculam mas tu não.
Sophia de Mello Breyner Andresen
Não sei o que se passa comigo. "Porque os outros calculam mas tu não". Não quero calcular... Quero desfrutar, aproveitar, viver. Quero apenas sentir. Quero que sintas como eu sinto. Quero, acima de tudo, que dês valor ao que sinto.
A Sophia dizia coisas tão bonitas *.*
ResponderEliminarnão calcules... vive :)
ResponderEliminarLindo!!!:)
ResponderEliminarLi este poema em voz alta dezenas de vezes quando andava no 12º ano. Adoro-o. Faz um quentinho bom no coração :)
ResponderEliminarFaz. Mas tem que ser agora, mesmo quando acabares de ler isto, senão já passou :)
ResponderEliminarSimplesmente lindo! E perante palavras assim, fico sem paralvras!
ResponderEliminarBesito!
Esse poema diz me muito.
ResponderEliminarainda dizes que não és remelosa! ;)
ResponderEliminarbeijo grande!
E porque não há-de querer isso?
ResponderEliminarAbracinho
Este poema foi escrito pela Sofia para o seu marido Francisco Sousa Tavares, diz muito especialmente na altura em que foi escrito.
ResponderEliminarBel
bonita foto, grandes escritora!!
ResponderEliminarPermite acrescentar que, se voltares e vasculhares bem no meu canto, há por lá um poema da Sophia também:)
ResponderEliminarPermite acrescentar que, se voltares e vasculhares bem no meu canto, há por lá um poema da Sophia também:)
ResponderEliminarJá tentaste TU dar valor ao que sentes? Ou ao que és capaz de sentir?
ResponderEliminarQuando o fizeres, o "a quem", será o que menos conta...
Beijo para ti, S*
É mesmo isto que sinto...
ResponderEliminarComo te percebo!
Olá
ResponderEliminarBem escolhido. Já faz algum tempo que não saboreio este belo poema da Sophia na voz do Chico Fanhais. Cruza-mo-nos ontem à porta do S. Carlos onde foi lançada a Antologia da Música em Portugal no Século XX onde escrevi textos biográficos, penso que perto de 30, incluindo o dele. Espero em breve voltar a ouvi-lo cantar este poema que está sempre actual e é muito bom quando temos alguém a quem dedicá-lo, incluindo nós próprios... Liberdade Livre, como eu chamo à Filosofia de Vida do Zeca Afonso e que penso que o Francisco S. Tavares era exímio praticante... e de que tb sou adepto activo... não dá para enriqueceres mas faz-nos sentir tão livres e tão bom com nós próprios, tão verdadeiros!...
Obrigado pelo poema!
Beijos
perfume de laranjeira
De tantos cálculos, pensamentos e reflexões, que tempo sobra para a vida e para as emoções? Pensa quem vive a vida do lado errado da janela, julgando o certo e o errado, observando o tempo que passa na vida dos outros, vivendo uma vida que não é sua. A vida é mais que isso, é riso e choro,é amor, alegria e dor, é errar por tentar e aprender a andar depois de cair, é arriscar, é ir sempre mais além dos nossos próprios horizontes, sonhar e acreditar que é possível, que somos capazes.
ResponderEliminarUm bom fim de semana.
Um dos meus poemas favoritos desde sempre é esse :)
ResponderEliminarXOXO
Algo que por vezes conseguimos: calcular naturalmente para viver intensamente! :) vale?
ResponderEliminarBeijo meu ♥,
A Elite
Porque os outros calculam mas tu não...a minha stora de analise matemática já me disse isso.. quem diria q ela tem uma costela da sophia mello de breyner lol as coisas que uma pessoa aprende xD
ResponderEliminarlindo!
ResponderEliminarEste poema é muito bonito! ; ) ***
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