Se há coisa que me incomoda é gente preguiçosa. Não suporto que as pessoas não se esforcem e, ainda por cima, se colem aos outros para conseguir os seus objectivos.
Todos os dias passo pelo Pingo Doce, no caminho para a faculdade. Todos os dias, faça chuva ou faça sol, seja de manhã ou de tarde, estão lá dois ou três pedintes.
Uma é uma senhora já de uma certa idade. Ok, poderia ter pena dela, afinal já é velhota e a reforma deve ser pequena. Mas não tenho. Não tenho porque sempre que a vejo dentro do supermercado está a comprar pacotes de vinho.
Depois há uma mulher que deve ter à volta de quarenta anos. Em vez de procurar emprego, nem que seja uma coisinha qualquer, está ali todo o santo dia a pedir esmola. Tem idade e capacidade para trabalhar, mas prefere estar ali alapada a chorar-se.
E agora, para cúmulo dos cúmulos, apareceu lá um rapaz. Estilo hippie, rastas no cabelo, a pedir dinheiro. Tens bom corpo para trabalhar rapaz, deixa de ser preguiçoso e faz-te à vida. Está ali todo o dia e, patético, usa um copo de cerveja para pedir esmolas. Assim ninguém te vai dar credibilidade... Tens um copo de cerveja na mão! Nem para pedir esmola tens jeito.
E vai daí, como o copo de cerveja não comove ninguém, resolveu trazer um gatinho com ele. Hoje lá estava ele, sentado no chão, embrulhado numa manta mais o gato. Ora, eu sou uma acérrima defensora dos animais e fico possessa com esta "nova moda" de utilizar animais para comover as pessoas.
Pegam em gatos ou cães, sempre bebés (que é para dar mais impacto) e colocam-nos ao ombro para comover as pessoas. Se o animal colaborar, é até capaz de estar a segurar num copinho de plástico.
Tenho pena das pessoas que não têm casa, evidente. Mas não tenho pena de quem pede dinheiro por preguiça ou, pior, que pede dinheiro para a seguir se enfrascar com alcool ou comprar uma dose de droga. Chamem-me insensível, mas não tenho pena.
Concordo com praticamente tudo o que dizes. Só o facto de arranjar emprego é que é mais complicado do que pensas, e são exactamente as pessoas entre os 40 e 50 anos que têm mais dificuldades. Mas é verdade que em muitos dos casos, as pessoas quase desistem e deixam-se entrar numa espiral descendente da qual não conseguem sair.
ResponderEliminarEu sei que arranjar emprego é dificil. :) Mas nao me parece que a soluçao seja sentar-se à porta do Pingo Doce a pedir esmolas. É preciso lutar. ;)
ResponderEliminarConcordo plenamente!
ResponderEliminarSe algum dia me acontecer ficar sem trabalho, ofereço-me para trabalhar gratuitamente para uma instituição de caridade.
Mesmo que não me possam pagar mais nada, pelo menos hei-de trabalhar para merecer o que me oferecerem de comer e hei-de sentir-me útil!
Sanxeri, concordo completamente, tens toda a razão! beijo
ResponderEliminarFenix, é isso mesmo. :) Deve ser horrivel sentirmo-nos "inúteis". Mesmo que nao tenhamos salario, ao menos merecemos a comida que nos dão.
ResponderEliminarHá sempre qualquer coisa que podemos fazer. Agora ficar parados à espera de milagres... NAO.
É um assunto, bastante delicado!
ResponderEliminarE, se for a dizer tudo o que penso disso, isto não seria um comentário...Seria , mais um post!
Beijo
Concordo com o que dizes, sem duvida.Então a parte de usarem animais deixa-me possessa...
ResponderEliminarbj***
É uma situação complicada, que espero nunca ter de passar. É verdade que muitas das pessoas que pedem é porque não querem trabalhar. Mas pior do que estar com animais é sujeitar as crianças a esse tipo de situações, o que também se vê com alguma regularidade...isso sim enerva-me solenemente..
ResponderEliminarXiii k mazinhaaa :P
ResponderEliminarTou a brincar :) Concordo ctg =)
Aceito casos como pessoas incapacitadas apenas... Pessoas invisuais por exemplo :P
Mas o melhor dos "pedintes" é que se lhes ofereceres comida eles quase k te mandam para aquele sitio xDDD
Va la que aqui n ha mt disso =)
Bjinhos
A mim choca-me aqueles tipos (que normalmente são mulheres) que usam crianças para se fazerem de coitadinhas... Pior ainda, aqueles que metem as crianças a pedir esmolas e que ficam ao fundo a vigiar se o miudo(a) faz o trabalho decentemente.
ResponderEliminarNunca dou dinheiro, não me importo de dar comida, mas dinheiro nem pensar!
Há vezes em que as pessoas dizem "eu levo-o ali ao café e compro-lhe alguma coisa" e eles viram costas. :P
ResponderEliminarNão sou mazinha, sou realista.
Nao devem ter uma vida facil mas isso nao justifica a preguiça.
A moda não é nova, infelizmente. Nas feira é muito comum ver caes com cestinhos no pescoço.
ResponderEliminarPior que animais é mesmo usar crianças. No meu tempo de faculdade vi um criança crescer em frente à porta da Igreja. Desde recem nascida até ao 5 anos. Era deploravél quase em frente a um Instituto de Estudos da Criança. Muitas vezes chamamos a protecção de menores, mas voltava ao mesmo.
Quando o mundo finge que não vê, nada muda. Infelizmente as pessoas preferem fechar os olhos.
ResponderEliminarSe me permites, vou discordar de ti... Sou contra as esmolas porque acho que elas reforçam um reforço à pobreza, que é um grande problema e a base daquilo que discutes... Acho que a causa da pobreza não é a preguiça nem ninguém escolhe ser alcoólico como alternativa a trabalhar...
ResponderEliminarAcho que não podemos assumir essa postura em relação à pobreza porque estamos a culpar as vítimas e não as verdadeiras causas dela... As vítimas da pobreza não são as pessoas, como nós, que se cruzam com os pedintes, são os próprios pedintes e a culpa é, em última instância, de um sistema que permita que haja seres humanos a chegar a esses extremos...
É um tema muito complexo, que dava para discutir durante horas... Só quis dar o meu contributo, mostrando uma opiniao um pouco diferente da tua, espero que não leves a mal...
A mãe de uma amiga minha trabalha na Santa Casa da Misercórdia e garante que há cegos que recusam emprego porque preferem andar a pedir.Inclusive, para quem não sabe, no Chiado e Rossio há certos locais (saidas de metro, degraus de igrejas) que de manhã são de um, à tarde de outro e por aí fora.Eu que o diga que uma vez de sem querer me sentei num degrau "alugado" e o homem mandou-me um olhar fulminante que tive mesmo de sair ou levava com o copito na cabeça. Não vamos ser radicais, as pessoas pobres andam aí, mas não sejamos ingénuos, se querem realmente ajudar pessoas pobres, oferecam donativos à AMI, Cruz Vermelha, Casa do Gil e outras associações nas quais se tem confiança.
ResponderEliminarEste blog é uma coisinha MAXIMAMENTE interessante !
ResponderEliminarBento, obrigada. Simpatia a tua. :)
ResponderEliminarFuschia, por conhecer casos desses é que me tornei desconfiada em relação às pessoas.
Woody, concordo com tudo o que disseste. Obviamente que as vitimas reais sao as pessoas que vivem na rua... Nao eu. :S Obviamente que ninguem escolhe ter uma vida de pedinte. Lamento se disse algo que possa ser interpretado como uma ofensa para com as pessoas que não tiveram outra escolha.
O que me revolta sao os parasitas que usam a bondade alheia para viver.
é isso woody, concordo plenamente contigo! mas para mudar a ordem das coisas, ainda vão ser necessários muitos anos... e não pensemos que é um problema só português, existe mesmo nos países mais desenvolvidos, e eles também não conseguem fazer muito melhor que "nós" para o evitar!!
ResponderEliminareu por norma quando me abordam assim na rua... digo a verdade, sou estudante e infelizmente ainda dependo dos meus pais... não posso dar aquilo que não tenho, aquilo que não é meu... mas a verdade é que sabemos todos para que vai o nosso dinheiro se o der-mos... por isso se querem dinheiro para uma sopinha ou algo assim.. em vez de dinheriro é preferível oferecer a sopa! (há quem negue a sopa... e diga "preferem que uma pessoa ande a roubar!!!") já vi de tudo
ResponderEliminarGhafa, exacto. Há um senhor que, desde que vim para o Porto (já lá vao três anos) vejo diariamente na rua de Cedofeita. Sempre, sempre, sempre. Tenho pena dele, mas sei que ele vai comprar vinho se eu lhe der dinheiro.
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